A Intenção Empreendedora no Ambiente universtário: Caso UNICENTRO
Autora: Marilene Bronoski
Este artigo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada na Universidade Estadual do Centro-Oeste, situada no município de Guarapuava no Paraná, com acadêmicos de diversos cursos, identificando suas percepções sobre abrir ou não negócios próprios. Mostra que o desejo de empreender é maior nas séries iniciais do curso, decrescendo com a sua evolução. Neste aspecto, muitos alunos empreendedores deixam de ser quando estão próximos à formatura, como é o caso dos formandos do curso de Ciências Contábeis, quando muitos se preparam para prestar concurso público. Os acadêmicos com maior intenção em desenvolver negócios próprios é o de Administração, justificado pelo estímulo recebido no decorrer no curso através de disciplinas específicas. Os de Educação Física e de Fisioterapia também demonstram altos índices de desejo empreendedor.
Aos estudiosos no assunto, bem como profissionais ligados à docência superior, é uma interessante leitura.
RESUMO: A liberação cada vez maior de postos de trabalho ao que se
denominou desemprego estrutural, tornando excedente um grande número de
profissionais e não absorvendo parcela significativa dos que, anualmente se
colocam à disposição das empresas existentes, tem exigido da sociedade em geral
e das instituições de ensino superior e acadêmicos em particular, uma mudança
de comportamento e competências, contrapondo-se à visão tradicional do emprego.
Cabe, àquelas, no cumprimento de sua função de inserção dos alunos como
contribuintes sociais e geradores de riqueza, capacitá-los e estimulá-los a
iniciativas empreendedoras, de maneira que, administrarem seus próprios negócios
desponte como uma alternativa lucrativa e realizadora. Este artigo retrata o
resultado de uma pesquisa realizada com uma amostra de 625 acadêmicos da
Universidade Estadual do Centro-Oeste, município de Guarapuava – Pr,
identificando o potencial empreendedor desses alunos, comparando-o por curso e
sua relação com a eventual existência de disciplina específica no projeto
pedagógico do respectivo curso. Verificou-se que, em média, um em cada três
acadêmicos deseja ter seu próprio negócio e que o curso de Administração,
seguido pelo de Ciências Contábeis, ambos com disciplinas e conteúdos
específicos sobre a criação e desenvolvimento de novos negócios são os de maior
potencial empreendedor entre os formandos. Comparando-se com os resultados de
uma pesquisa similar realizada na Fundação Álvares Penteado no curso de
Administração, observou-se que os alunos da Unicentro são mais propensos ao
empreendedorismo.
Palavras-chave:
Empreendedorismo, emprego, trabalho e potencial empreendedor.
SUMMARY: The release each bigger time of work
ranks to that if it called structural unemployment, becoming exceeding a great
number of professionals and not absorbing significant parcel of whom, annually
if they place to the disposal of the existing companies, has demanded of the
society in general and the institutions of superior education and the academics
in particular, a change of behavior and abilities, opposing itself it the
traditional vision of the job. It fits, those, in the fulfillment of its
function of insertion of the social and generating pupils as contributing of
wealth, to enable them and to stimulate them it enterprising initiatives, thus,
to become owners of its proper businesses lopping of the tops of corn as a
lucrative and accomplishing alternative. This article portraies the result of a
research carried with 625 academics of the Universidade Estadual do
Centro-Oeste, city of Guarapuava
- Pr, identifying the enterprising potential of these pupils, comparing it for
course and its relation with the eventual existence of disciplines specific on
the enterprising questions in the pedagogical project of the respective course.
It was verified that, in average, one in three academics desires to have its
proper business and that the course of Administration, followed for the one of
Countable Sciences, both with you discipline and specific contents on the
creation and development of new businesses are of enterprising potential
greater between the students of the last year of the courses. Comparing itself
with the results of a carried through similar research in Fundação Álvares
Penteado, in São Paulo in the course of Administration, it was observed that
the pupils of the Unicentro are more inclined to the entrepreneurship.
Word-key: Empreendedorismo, job, work and enterprising
potential.
1.
INTRODUÇÃO, OBJETIVOS E
METODOLOGIA DE PESQUISA
Com a redução da oferta de emprego no
mundo inversamente proporcional ao aumento da população economicamente ativa
(PEA) alterando profundamente as relações de trabalho, optar por negócios
próprios tornou-se uma exigência para, não somente recém-formados, mas todas as
pessoas em idade produtiva.
Nos meios acadêmicos têm surgido, mais recentemente, discussões sobre estas questões, despertando uma maior consciência da responsabilidade das IES sobre a efetiva ocupação dos seus egressos, adequando seus perfis à atual necessidade do mercado de trabalho. No bojo das soluções possíveis, desponta o estímulo ao empreendedorismo dos atuais alunos, com a criação de seus próprios negócios. Para tanto, disciplinas específicas vêm sendo introduzidas em grades curriculares de alguns cursos que, além de mostrar a realidade do mercado de emprego e trabalho, possibilita orientações que minimizem os riscos da decisão de iniciar e conduzir seus próprios negócios.
Nos meios acadêmicos têm surgido, mais recentemente, discussões sobre estas questões, despertando uma maior consciência da responsabilidade das IES sobre a efetiva ocupação dos seus egressos, adequando seus perfis à atual necessidade do mercado de trabalho. No bojo das soluções possíveis, desponta o estímulo ao empreendedorismo dos atuais alunos, com a criação de seus próprios negócios. Para tanto, disciplinas específicas vêm sendo introduzidas em grades curriculares de alguns cursos que, além de mostrar a realidade do mercado de emprego e trabalho, possibilita orientações que minimizem os riscos da decisão de iniciar e conduzir seus próprios negócios.
Embora o número de novas empresas no
Brasil cresça ano a ano, pesquisas mostram que a maioria dos novos
empreendedores não tem o preparo para tal desafio, lançando-se a esta
iniciativa muitas vezes como se fosse a última alternativa para a
sobrevivência. São os chamados empreendedores por necessidade, onde o Brasil é
o primeiro colocado entre 37 países pesquisados pela Global Entrepreneurship
Monitor, em 2002 (IBQP, 2003). O número dos empreendedores por necessidade sobe
proporcionalmente ao desemprego. Em dados apurados pelo DIEESE, somente na
Grande São Paulo o índice de desemprego, em fevereiro deste ano, bateu a casa
dos 19,8% (in JORNAL NACIONAL, 15.mar.2004), ou seja, um quinto da população em
idade produtiva, considerado o maior índice dos últimos cinco anos.
Alinhada com as questões acima enunciadas,
esta pesquisa foi realizada em 2003 tendo como base o número de acadêmicos
matriculados no ano de 2002, no campus de Guarapuava da Universidade Estadual
do Centro-Oeste[1],
no município de Guarapuava, com o objetivo de verificar qual é a percepção
destes acadêmicos quanto à gerência de negócios próprios como uma alternativa
ao sistema formal de emprego e a possível relação com a existência ou não de
disciplina específica sobre empreendedorismo no projeto pedagógico do
respectivo curso. Para tanto, escolheu-se aleatoriamente, proporcionalmente aos
alunos matriculados por série de 19 cursos em funcionamento, uma amostra de 625
alunos sobre a qual foi aplicada um questionário estruturado.
O presente trabalho está estruturado da
seguinte forma: após a apresentação dos objetivos e metodologia, passa-se à
fundamentação teórica do assunto. Em seguida relatam-se os resultados e
discussões, fazendo-se uma análise comparativa do potencial empreendedor entre
cursos, entre IES referente ao potencial empreendedor tomando especificamente o
curso de Administração. Apresentam-se, também, neste tópico, os motivos da
opção entre abrir ou não seus próprios negócios e os ramos mais desejados. Na
seqüência, relatam-se às conclusões e a relacionam-se as fontes orientativas da
pesquisa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Emprego X Empreendedorismo
Apesar de nosso apego ao emprego
tradicional, com ou sem carteira assinada, sob pena de comprometermos nossa
dignidade e auto-estima, BRIGDES (1995) comenta que tal conceito surgiu apenas
no início século XIX, para englobar o trabalho que precisava ser feito nas
crescentes fábricas e nas necessidades burocráticas das nações em fase de
industrialização. Até então as pessoas trabalhavam de maneira igualmente árdua,
porém em tarefas constantemente mutáveis, em locais variados, de acordo com uma
programação determinada pelo Sol, pelo tempo e pelas necessidades do dia. Na
verdade, o emprego moderno foi uma nova idéia assustadora e considerada até
socialmente perigosa, visto como um modo antinatural e desumano de se trabalhar
pelos norte-americanos do início do século XX.
Embora muitas vezes confundido, os
conceitos de emprego e trabalho são diferentes. Segundo A Grande Enciclopédia
LAROUSSE CULTURAL (1998), emprego é definido como função, cargo, lugar,
estabelecendo uma relação entre o indivíduo que trabalha e a pessoa física ou
entidade que se beneficia de seu trabalho. Esta mesma fonte define trabalho
como sendo “a atividade humana aplicada à produção, à criação, ao
entretenimento; é atividade profissional regular e remunerada”. Já CHIAVENATO
(1999), o define como sendo atividade que adiciona valor a algo, cujo objetivo
é proporcionar prosperidade às pessoas, às organizações e à sociedade.
O que se observa na atualidade é que em
lugar de empregos há situações de trabalho em tempo parcial e temporário,
aparecendo a figura do prestador de serviços ou terceirizado, seja ele pessoa
física ou jurídica. Na verdade, se os empregos diminuem numa progressão
aritmética de um lado, as oportunidades de trabalho aumentam geometricamente de
outro, propiciando o aparecimento do empreendedor que, segundo STONER &
FREEMAN (1995) “é o indivíduo ou grupo de indivíduos que assume a responsabilidade
de iniciar, manter e consolidar uma unidade empresarial, orientada para o
lucro, por meio da produção ou distribuição de bens e serviços econômicos”.
Como potencial empreendedor, o que se propôs levantar nesta pesquisa no meio
acadêmico, é o indivíduo (neste caso, o aluno) que, dentro de um período
determinado, tem a disposição de iniciar e gerenciar seu próprio negócio.
Embora se tornar empreendedor passou
a ser uma importante alternativa para a questão do desemprego, segundo ZOHLIM
(1994) alguns se adaptam melhor como empregados e são importantes para as
organizações nas quais trabalham. Sabe-se, porém, que com a instabilidade do
vínculo empregatício, o risco dentro da empresa (como empregado), é, muitas
vezes, maior que o da própria empresa (como empresário). Em função disto,
McCLLELAND (in BRONOSKI, 1999) defende que algumas características ditas
empreendedoras, devam ser desenvolvidas pelos indivíduos, tais como: assunção
de riscos, iniciativa, planejamento e controle, desenvolvimento de relacionamentos,
busca da perfeição e qualidade, tomar decisões e, persistência, que são tão
importantes em uma ou outra situação, porém, são indispensáveis para quem
deseja abrir e tocar negócios próprios.
LONGENECKER el al (1997) entende que
o período de maior favorabilidade para o início de novos negócios é entre os 20
e 40 anos, considerando que neste período já se desenvolveu experiência em
algum ramo de negócio, ou já se concluiu algum curso que tenha contribuído para
o aumento da segurança ou, até, a própria perda do emprego, impulsionando o
indivíduo numa nova direção.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tal pesquisa envolveu cursos de bacharelados
e de licenciaturas, num total de 3.896 alunos[2].
Dentre os cursos de bacharelados, foram pesquisados os cursos de Administração,
Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Serviço Social, Secretariado
Executivo, Análise de Sistemas, Engenharia de Alimentos, Nutrição, Fisioterapia
e Comunicação Social. Os cursos de licenciaturas incluídos na pesquisa foram:
Pedagogia, Matemática, Letras (Português-Inglês e Português-Literatura),
Geografia, História, Filosofia e Ciências Biológicas.
Destacaremos, neste artigo, a análise
individual do curso de Administração realizada:
Neste curso foram analisadas três
situações: Manhã e Noite no Campus de Guarapuava e Noite na Extensão de
Laranjeiras do Sul, totalizando 490 alunos em 13 turmas. Além de conteúdos de
orientação gerencial em boa parte das disciplinas, o curso conta com duas
específicas sobre empreendedorismo: Empreendedorismo, no 2o. ano e
Administração da Pequena e Média Empresa, no 4o. ano.
Nos cursos noturnos (Guarapuava e
Laranjeiras do Sul) percebeu-se uma situação comum, ou seja, há um aumento do
desejo empreendedor com o avanço da série. Em Laranjeiras do Sul, por exemplo,
todos os formandos desejam ter ou continuar negócios próprios.
No curso matutino vemos a situação
inversa. Há um decréscimo no desejo empreendedor com o avanço da série,
chegando a nulo entre os formandos. Neste caso 100% desejam trabalhar em
empresa privada. Da mesma forma, contrariamente às outras duas situações, estes
formandos não têm interesse e motivação nenhum pelas disciplinas que tratam do
assunto. Surpreende também o fato que é neste turno o maior número de atuais
empresários. Sobre os motivos para a não continuidade e/ou abertura de negócios
próprios, discorremos na seqüência.
3.1 Análise comparativa da
intenção empreendedora entre os cursos
A análise comparativa se deterá nas seguintes variáveis:
·
Percentual de atuais alunos
empresários sobre o total de alunos matriculados no curso no ano de 2002.
·
Potencial empreendedor do curso
(média do curso em relação à pretensão futura em conduzir negócios próprios).
·
Potencial empreendedor entre os
formandos do curso (média entre os formandos que desejam abrir novos
empreendimentos). Para esta análise, apenas os cursos consolidados
participaram.
O potencial empreendedor foi detectado a
partir da afirmação do respondente quanto a intenção de abrir negócios
próprios, em detrimento de trabalhar como empregado em instituição pública ou
privada. Os resultados estão sintetizados na Tabela 1 – Bacharelados e na Tabela
2 - Licenciaturas, a seguir.
Tabela 1 - Bacharelados
Curso
|
Número de
alunos
matriculados
|
% de atuais
empresários
|
% de potenciais
empreendedores
|
Número de
formandos
|
% de potenciais
empreendedores entre os formandos
|
ADMINISTRAÇÃO
|
490
|
19
|
57
|
59
|
58
|
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
|
463
|
28
|
43
|
48
|
46
|
CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
|
160
|
0
|
25
|
26
|
25
|
NUTRIÇÃO
|
160
|
0
|
38
|
35
|
33
|
ENG. DE
ALIMENTOS
|
126
|
0
|
18
|
17
|
0
|
ANÁLISE DE SISTEMAS
|
128
|
0
|
34
|
26
|
33
|
Total
|
1.527
|
222[3]
|
645[4]
|
211
|
83[5]
|
Fonte:
Questionários.
Entre os cursos de bacharelados
consolidados – Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas,
Nutrição, Engenharia de Alimentos e Análise de Sistemas -, o curso de
Administração é o que tem, na média, o maior potencial empreendedor, 57%, o que
corresponde a 280 alunos, como também uma maior média entre os formandos na
intenção em gerenciar seus próprios negócios, de 58%, ou seja, trinta e quatro
alunos. Note-se que a sua grade curricular privilegia disciplinas
(conhecimentos, habilidades e competências), voltadas à área empresarial, além
de disciplinas específicas sobre empreendedorismo, comprovado pela
justificativa da maioria dos empreendedores potenciais quando afirmam que
pretendem tornarem-se empresários para aplicar os conhecimentos obtidos no curso.
Já o curso de Ciências
Contábeis desponta em segunda lugar entre os formandos na intenção
empreendedora, com quase a metade dos alunos (46%) em se tornarem ou
continuarem empresários. É o curso tem maior número de atuais empresários,
embora muitos deles demonstrem insatisfação com a atividade e com predisposição
em prestar concurso público.
Os acadêmicos do curso de Ciências
Econômicas são os únicos que mantém, ao longo do curso, o desejo de, depois de
formados abrir negócios próprios, como também foi o que demonstrou maior
satisfação com a disciplina que trata das questões empreendedoras,
considerando-a estimulante e esclarecedora.
Diga-se de passagem, que, entre os
bacharelados, apenas o curso de Nutrição não havia, na ocasião da pesquisa,
orientações específicas sobre abrir e/ou conduzir negócios próprios e, ainda
assim, têm a terceira maior média entre os formandos desejosos em abrir novos
negócios, com 38% do total. Acredita-se que este fato se dá pelas próprias
características do curso, cujo profissional geralmente atua em consultório
próprio, fato que já justificaria inserção de conteúdos de gerenciamento em sua
grade curricular. Tais resultados podem ser mais bem visualizados pela Tabela 2, a seguir.
Verifica-se que, neste grupo,
embora a pretensão em prestar concurso público ainda seja representativa,
(dividido com a intenção de trabalhar em empresas privadas) é menor que no
grupo das licenciaturas.
Tabela 2 –
Licenciaturas
Curso
|
Número de alunos matriculados
|
% de atuais empresários
|
% de potenciais empreendedores
|
Número de formandos
|
% de potenciais empreendedores entre os formandos
|
MATEMÁTICA
|
308
|
0
|
10
|
123
|
0
|
HISTÓRIA
|
159
|
24
|
14
|
37
|
0
|
GEOGRAFIA
|
161
|
5
|
24
|
42
|
28
|
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
|
222
|
22
|
25
|
19
|
33
|
LETRAS PORTUGUÊS-LITERATURA
|
153
|
8
|
18
|
32
|
40
|
LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS
|
186
|
8
|
13
|
34
|
0
|
PEDAGOGIA
|
743
|
3
|
20
|
88
|
0
|
Total
|
1932
|
145[6]
|
149[7]
|
375
|
31[8]
|
Fonte:
Questionários.
Dentre os cursos consolidados de
licenciaturas – Letras Português-Inglês, Letras Português-Literatura,
Pedagogia, Geografia, História, Ciências Biológicas, Matemática -, a maior
média entre os formandos com intenção em gerenciar seus próprios negócios é a
do curso de Letras Português-Literatura, com 40% do total (destacando-se que
não existe em sua grade curricular disciplina (s) que trate das questões
empreendedoras), que corresponde a treze alunos. Da mesma forma como no curso
de Nutrição já comentado, este resultado já justificaria uma maior consistência
nas informações (conteúdos) em preparar estes potenciais empresários para
melhor condução de seus negócios.
Comparativamente com os cursos de
bacharelados, o curso de Letras Português-Literatura apenas perde para o curso
de Administração e Ciências Contábeis no desejo empreendedor, muito próximo ao
curso de Nutrição e Análise de Sistemas.
O curso de Ciências Biológicas é
que apresenta a maior média de futuros empreendedores, 25%, o que corresponde a
cinqüenta e seis alunos elevando-se para 33% entre os formandos, a segunda
maior apresentada. Note-se que é o único curso deste grupo que recebe
informações sobre empreendedorismo, no último ano. Isto pode ter contribuído
para a elevação deste índice.
O curso de História apresenta o maior número
de empresários atuais, com 24% o que corresponde a 38 alunos, porém,
desaparecendo totalmente o desejo empreendedor entre os formandos, com um
percentual nulo.
Constata-se que a maior incidência
em prestar concurso público, em detrimento da opção de trabalhar em empresa
privada encontra-se neste grupo. Os motivos mais fortemente elencados para
tornarem-se funcionários públicos foram a segurança e a estabilidade.
Em ambos os grupos, observou-se que
a maior incidência do desejo empreendedor ocorre, via de regra, nas séries
iniciais dos cursos, diminuindo gradualmente até a última[9].
Fato que pode ser comprovado, onde apenas quatro cursos -3% do total – têm as médias
entre os formandos maiores que o apurado entre todas as turmas do curso.
A média do potencial empreendedor entre os
formandos nos cursos consolidados é de 23%.
Isto que dizer que, aproximadamente, um em cada quatro dos alunos do último ano
vê na criação de negócios próprios uma alternativa para o sistema tradicional
de emprego.
Entre os cursos não consolidados no momento da
pesquisa, como Secretariado Executivo, Fisioterapia, Serviço Social,
Comunicação Social, Educação Física e Filosofia, apresenta-se, na Tabela 3, o
percentual dos atuais alunos empresários e o percentual médio das turmas do
curso quanto ao desejo de tornarem-se empreendedores depois de formados.
Tabela 3 – Cursos não consolidados[10]
Cursos
|
Número de alunos matriculados
|
% de atuais empresários
|
% do potencial empreendedor
|
SECRETARIADO EXECUTIVO
|
79
|
8
|
27
|
FISIOTERAPIA
|
125
|
0
|
55
|
SERVIÇO SOCIAL
|
81
|
16
|
7
|
COMUNICAÇÃO SOCIAL
|
40
|
0
|
25
|
EDUCAÇÃO FÍSICA
|
30
|
0
|
100
|
FILOSOFIA
|
82
|
14
|
0
|
Total
|
437
|
11[11]
|
126[12]
|
Fonte: Questionários.
Embora não conclusiva, a análise
permite apontar situações surpreendentes, como, por exemplo, no curso de
Educação Física, onde 100% dos acadêmicos pretendem, depois de formados, desenvolver negócios próprios. Da mesma forma o curso de Fisioterapia, onde a média de
futuros empresários apenas empata com a do curso de Administração, que é o
maior neste quesito.
É possível que, com o decorrer do
curso, esta intenção diminua, como já verificada nos cursos consolidados.
O curso de Filosofia, que hoje detém
o maior percentual de alunos empresários, é o de menor potencial empreendedor
futuro, desejando, a totalidade dos alunos, tornarem-se funcionários públicos,
deixando, portanto, as atuais atividades empresariais.
A diminuição da manutenção dos atuais
negócios pode ser justificada, pois se apurou que menos de 20% desses alunos
empresários tiveram auxílio na abertura de seus negócios. Os que tiveram foi,
com maior incidência, através do SEBRAE-Pr. Tal situação já havia sido
observada em pesquisa anteriormente realizada (in BRONOSKI, 1999), quando os
micros e pequenos empresários do Município de Guarapuava afirmavam desconhecer
as entidades de apoio da classe e que poucos tiveram auxílio em alguma fase dos
seus negócios, e, os que tiveram, apontam o contador, figura mais próxima deste
empresário, principalmente nas questões de ordem legal e tributária.
Sabe-se que, apesar do esforço das
entidades ligadas ao empreendedorismo e das instituições de ensino, é grande o
desafio pelo qual passam os empresários antes, durante e depois de abrirem suas
empresas, de acordo com este cenário revisado.
A média do potencial empreendedor
apurado entre todas as turmas dos diversos cursos é de 30%, decrescendo
em 6% entre os alunos do último ano.
3.2 Comparativo entre IES sobre a
intenção empreendedora
Apesar de ser um assunto amplamente
pesquisado, pouco foi feito na apuração do perfil empreendedor no meio
acadêmico. Uma das poucas pesquisas realizada e divulgada foi a da Fundação
Álvares Penteado (FAAP) em
São Paulo , aplicada aos alunos do último ano do curso de
Administração, no ano de 1995, daquela Instituição. Tal pesquisa apurou que 40%
dos formandos optaram em gerenciar negócios próprios, contra 30% que tinham o
objetivo de tornar-se empregados (in BRONOSKI, 1999).
O curso de Administração da
Unicentro, conforme dados anteriormente apresentados, mostra que 58% dos formandos
pretendem gerir negócios próprios, contra 33% de se tornarem empregados em
empresas privadas.
Comparativamente, nota-se uma
diferença de 18% a mais na intenção empreendedora entre os acadêmicos da
Unicentro do último ano em relação à FAAP. Os cursos de Letras
Português-Literatura e o de Ciências Contábeis têm índices igual e superior,
respectivamente, ao apresentado pela pesquisa da Fundação Álvares Penteado.
Este resultado demonstra que os acadêmicos da Instituição em questão apresenta
um potencial empreendedor superior ao da Instituição tomada como referência.
3.3 Motivos para abrir ou não
novos negócios e ramos mais desejados
As razões mais apontadas entre o
alunado para tornarem-se empresários foi a liberdade proporcionada pela direção
de negócios próprios, a aplicação de suas próprias idéias e a não aceitação de
ordens, respectivamente.
Segundo o prof. SHAPERO (in BRONOSKI,
1999), estes são os motivos mais representativos para as pessoas tornarem-se
empresários, ao que ele chama de inconformismo.
Outra razão apontada foi de maiores
ganhos propiciada com esta iniciativa, corroborando com um dos fatores
indicados por LONGENECKER et alli (1997), denominada por ele de obtenção de lucro, o que, diga-se de
passagem, é a mola propulsora de grande parte das iniciativas empreendedoras.
Ainda a formação profissional
propiciada pelo curso, conferindo segurança e direcionamento para esta
iniciativa, foi outro motivo apontado para a intenção empreendedora. Segundo SHAPERO (in BRONOSKI, 1999), podemos
traduzir este motivo como ruptura,
quando algo novo acontece, tornando-o mais propenso ao risco e, oportunidade
quando do surgimento de oportunidade de negócio de acordo com a competência do
potencial empresário.
Alem desta, a falta de
alternativas de trabalho, também pode acelerar o processo. Tal fator, já destacado no início deste artigo e o
que têm motivado o aparecimento de inúmeros novos negócios considerando a
mudança no desenho organizacional e do avanço tecnológico pelo qual estão das
empresas, é o aparecimento do empreendedor por necessidade.
Outra questão minoritariamente
apontada como causa para a abertura de novos negócios é a geração de empregos
proporcionada por esta iniciativa. Acreditamos que esta razão está intimamente
ligada à anterior, pela consciência de alguns acadêmicos da mudança as relações
de trabalho e o alto índice de desemprego, trazendo para si parte da
responsabilidade social em minimizar esta mazela.
A razão para a não abertura de novos
negócios concentra-se, principalmente, na escassez de recursos disponíveis e limitação
do crédito, ratificada pelo argumento de que muitos desejavam captar recursos
financeiros trabalhando como empregados para então abrirem empresas. Outros
confirmaram este desejo para depois de aposentados, quando já teriam uma
reserva financeira adequada, além da experiência necessária.
Outras questões, mais notadamente
apontadas pelos alunos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências
Econômicas visto terem seus projetos pedagógicos contemplados com conteúdos da
disciplina Empreendedorismo e outras de caráter micro e macro-econômico, dizem
respeito também às limitações ao crédito, carga tributária e social abusivas e
a instabilidade político-econômica vigentes.
Tais fatos são notórios na sociedade
como um todo e mais sensíveis para os diretamente envolvidos, que não conseguem
multiplicar ou apenas conservar o capital investido nos empreendimentos apesar
do esforço e conhecimentos técnicos. Demonstrados pelos autores ALCÂNTARA &
SILVA, na reportagem O Brasil entre os piores do mundo, trazida pela Revista Veja em janeiro de 2004, em pesquisa feita
pelo Banco Mundial com 122 países por sua capacidade de incentivar o
crescimento econômico e a geração de empregos. Os itens pesquisados pertencem
ao universo da microeconomia, também chamada economia real. Apurou-se, nesta pesquisa, que o país tem o sexto
pior desempenho quanto a burocracia para abrir uma empresa, levando-se, em
média, 152 dias, perdendo para países como Moçambique, Indonésia, Laos, Haiti e
República Democrática do Congo.
Para o tempo de fechamento de
empresa, o Brasil é o segundo do mundo. Tal processo dura, em média, dez anos.
Perdemos para a Índia, onde se consomem 11,3 anos. Os países mais evoluídos
fazem isto, em média, em 1,8 anos.
Segundo a mesma pesquisa, quanto à
qualidade das leis trabalhistas, o Brasil ficou na penúltima colocação. Neste
caso foram analisados os países pelo grau de adequação da legislação
trabalhista à necessidade de geração de empregos formais. Este fato mostra a
dificuldade de manter-se empregados de um lado, e legalmente contratados de
outro, num pequeno empreendimento, que dentro de nossa realidade empresarial
são a grande maioria (97% das empresas brasileiras são de micro e pequeno
porte).
Os ramos de atividades apontados como
de maior interesse dos acadêmicos, está, em sua maioria, relacionada com o
curso realizado.
Por exemplo, grande parte dos alunos
do curso de Ciências Contábeis pretende abrir escritórios de contabilidade,
serviços de auditoria, consultoria e treinamento empresarial. Alguns poucos pensam
em se dedicar a serviços de informática e ao comércio em geral.
Os alunos dos cursos da área da saúde
analisados (Nutrição e Fisioterapia), pretendem, em sua maioria, abrir clínicas
especializadas relativas à área de formação.
No curso de Comunicação Social, vê-se
a intenção de atuar no ramo de comunicação empresarial.
Os alunos do curso de Análise de
Sistemas apontam para o ramo de serviços de desenvolvimento de sistemas
informatizados e softwares.
Nos cursos de licenciatura, como
Letras (Português-Literatura e Português-Inglês) e Pedagogia, a maior
incidência recai em negócios relacionados à área de educação, como escola de
educação infantil e escolas de idiomas.
Educação Física tem maior incidência
nos ramos de serviços referentes à marketing esportivo.
Cursos como História, Ciências
Biológicas, Geografia, Matemática e Administração apontam, como ramos
pretendidos, opções variadas, como: escola de idiomas e serviços de internet;
clínica veterinária e consultoria ambiental; serviços de contabilidade, criação
de coelhos e transportes; serviços de cobrança e loterias; indústria de
alimentos, serviços de exportação, comércio de confecções e alimentos,
consultoria empresarial, comércio de cosméticos, comércio e serviços em
informática, serviços de usinagem, respectivamente.
Nota-se que o curso de Administração
é o que abre um leque de opções maiores de negócios, dada às características
próprias do mesmo.
Confirmam-se as constatações obtidas
através da bibliografia pesquisada, apontando para o setor de serviços a
concentração das maiores oportunidades de novos negócios, em detrimento da
indústria e comércio.
4. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Confirma-se que em cursos onde existe
disciplina através da qual são difundidos conhecimentos sobre as particularidades
em iniciar e gerenciar negócios próprios e as que propiciam ferramentas à boa
administração, acentua-se o desejo empreendedor, notadamente observado nos
cursos de Administração, Ciências Contáveis e Economia. Fato igualmente
constatado é que na série onde tal disciplina é ministrada, o percentual de desejo
empreendedor sobe consideravelmente entre os alunos (30%, em média), conforme
já apurado na bibliografia. DORNELAS (2001), contestando o que se pensava até
então, isto é, que as características empreendedoras e outros fatores
qualitativos para um empreendimento ser bem sucedido já nascem com o indivíduo,
afirma que se pode ensinar o indivíduo a ser um empreendedor e as instituições
de ensino têm um papel importante nesta função.
O curso onde se observou maior
potencial empreendedor entre os de bacharelados consolidados foi o de
Administração com 57%, seguido pelo de Ciências Contábeis, com 43% e Análise de
Sistemas, com 34%. Entre os cursos de licenciaturas consolidados, o destaque é
para o curso de Letras Português-Literatura, com 25%. Entre os cursos não
consolidados, todos os respondentes do curso de Educação Física pretendem abrir
negócios próprios (100% de intenção empreendedora), seguido pelo curso de
Fisioterapia, com 55% do total. Entre os formandos, novamente o curso de
Administração obteve o maior percentual de intenção empreendedora, com 58%,
seguido pelo de Ciências Contábeis, com 46%, Letras Português-Literatura, com
40%, seguidos por Letras Português-Inglês, Ciências Econômicas e Análise de Sistemas
empatados, com 33%.
O que se percebeu, mais nitidamente,
foi que a formação do aluno, propiciada pelos conhecimentos recebidos através
do elenco das várias disciplinas do curso, o ambiente universitário (colegas,
professores, eventos promovidos, estrutura administrativa) e as próprias
referências e experiências, são determinantes na sua opção profissional. Tal
situação é visível em alguns cursos, notadamente nas Licenciaturas, por
exemplo, quando alunos justificam o desejo em tornarem-se funcionário público
como uma decorrência natural para o exercício de sua profissão. Ou outros que
somente vêem no trabalho em empresas privadas condição única para a ascensão
profissional e a colocação dos conhecimentos adquiridos em prática. Aliado a
isto, a questão cultural que valoriza o emprego e o empregado, torna restrito
outros horizontes profissionais.
Outro fato a considerar é que alguns
alunos não têm conhecimento do projeto pedagógico do seu curso, quando não
sabem apontar a existência ou não de disciplina orientativa sobre as questões
levantadas neste trabalho. Destaque-se, também, um percentual preocupante de
opiniões que externalizaram desinteresse e inadequação de tal disciplina,
quando ela existe.
Outra situação apurada pela pesquisa
é que, com o passar das séries, o desejo empreendedor é gradualmente
adormecido, com um decréscimo, em média de 30% até o último ano, sendo
substituído com a intenção em se tornar empregado. Nitidamente se observa o
crescimento do número de alunos com vínculo empregatício com a evolução do
curso[13]
mesmo entre os que já desenvolviam alguma atividade empresarial. É possível
que este desinteresse no mundo dos negócios se dê tanto pelo pouco ou nenhum
apoio obtido antes e durante a condução de seu negócio, bem como por se
sentirem, como universitários, mais seguros e, portanto, poderem melhor competir
no mercado formal de trabalho. Aliás, esta última situação é defendida por DOLABELLA
(2000), chamada por ele como a síndrome
do empregado. Acredita-se, também, que a diminuição no número de
empreendedores no decorrer das séries seja também porque alguns se encontravam
na categoria de empreendedores por necessidade já observada inicialmente, e
que, após, podem realizar, conscientemente, a reopção profissional.
A média levantada entre os dezenove
cursos é de 30% de desejo de empreender negócios próprios. Já entre os
formandos este percentual diminui para 23%, o que confirma a diminuição do
ímpeto empreendedor com o passar das séries, já comentado.
Porém, fato positivo a destacar é a
superioridade na intenção empreendedora dos alunos da Unicentro (Instituição em
estudo) com a Fundação Álvares Penteado (instituição de referência), mesmo que
o ano base tenha oito anos de diferença (de 1995 para 2002). Apurou-se que,
comparando-se o curso de Administração de ambas as instituições, a Unicentro
obteve 58% de intenção empreendedora, contra 40% da FAAP, entre os formandos. A
maior divulgação da importância do empreendedorismo como uma alternativa ao
emprego formal e a própria sensibilidade dos acadêmicos sobre a nova realidade
empregatícia devem tornar esta superioridade mais acentuada.
Acredita-se que, entre outras
finalidades, estes resultados possam embasar estudos de reformulação curricular
de alguns cursos, mesmo os que apresentaram uma notável potencialidade
empreendedora entre seus alunos, adequando-os a realidade do mercado de
trabalho e às pretensões e exigências desta clientela.
5. BIBLIOGRAFIA
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entre os piores do mundo. Revista Veja, editora Abril, ed. 1838, de
28.jan.2004.
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mundo sem empregos: os desafios da sociedade pós-industrial. São Paulo:
Makron Books, 1995.
BRONOSKI, Marilene. Fatores de sucesso no empreendimento na região de Guarapuava.
Dissertação de Mestrado: Facipal: Palmas, 1999.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos
tempos. São Paulo: Makron Books, 1999.
DOLABELA, Fernando. Empreendedorismo: ciências,
técnica e arte. Instituto Euvaldo Lodi, CNI, IEL Nacional, 2000.
DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios.
Rio de Janeiro:
Campus, 2001.
IBQP. GEM
Global Entrepreneuship Monitor: o empreendedorismo no Brasil. Relatório Global 2002.Curitiba: Ed. Sebrae, 2003.
JORNAL NACIONAL.
Rio de Janeiro. Rede Globo de Televisão, 15.mar.2004. Telejornalismo.
LAROUSSE CULTURAL.
Grande Enciclopédia. Nova Cultural. São Paulo: Círculo do Livro, 1988.
LONGENECKER, Justin G.; MOORE,
Carlos W.; PETTY, J. William. Administração de pequenas empresas: ênfase na gerência empresarial. Trad. Maria Lucia G. L. Rosa e Sidney Stancatto. São Paulo: Makron
Books, 1997.
STONER, James A. F.; FREEMAN,
R. Edward. Administração. Tradução Alves Calado. 5. ed.
Rio de Janeiro: PHD, 1985.
ZOGHLIN, Gilbert G. De executivo a
empreendedor. São Paulo: Makron Books, 1994.
[1] Incluem-se aí, as extensões da Unicentro nas cidades de Laranjeiras
do Sul, Pitanga e Chopinzinho, em funcionamento em 2002.
[2] Os cursos de Ciências Habilitação Plena em Biologia, Enfermagem,
Física e Química não responderam os questionários, não participando da
pesquisa.
[3] Em número de absolutos.
[4] Idem.
[5] Ibidem.
[6] Em números absolutos.
[7] Idem.
[8] Ibidem.
[9] Tal situação já havia sido evidenciada por Fernando DOLABELLA
(2000), onde ele denomina como a Síndrome do Empregado. Justifica que, com o
passar dos anos, o aluno tornar-se mais seguro e “acomodado” inibindo seu
desejo empreendedor natural e, conseqüentemente, iniciativas de risco.
[10] Cursos não consolidados em 2002, ano-base da realização da
pesquisa.
[11] Em números absolutos.
[12] Idem.
[13] Notadamente em cursos noturnos, onde a ocupação dos alunos é, em
média, de 95%.
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