quarta-feira, 13 de abril de 2011

A importância do planejamento antes de iniciar negócios próprios

Leitores,
Por solicitação de alguns clientes e seguidores, hoje vamos falar sobre um tema que, apesar de ser amplamente comentado e de pertencer ao senso comum como relevante, ainda não é devidamente realizado.
Como sugere o título, discorremos sobre a necessidade de se planejar para diminuir os riscos de fracasso de um negócio. Obter conhecimento sobre o empreendimento pretendido, tendências tecnológicas e de mercado, particularidades, etc. é o mínimo que o candidato a empresário deve fazer.
Realmente, o volume ótimo de informações necessárias para a decisão em abrir seu próprio negócio dificilmente será encontrada. O importante é buscar o maior número possível de informações e organizá-las em agrupamentos lógicos que possibilitem leitura e análises mais claras ou, no seu início, menos nebulosas.
O instrumento recomendado para a organização destes dados é chamado Plano de Negócios. É através de um plano que os acontecimentos (pensamentos) ocorridos no nível mental/intelectual passam para o concreto. O plano exige respostas básicas como: O que fazer? Por que fazer? Como fazer? Quando realizar? Quanto custará? e, Quem executará?
Todo plano deve ter um objetivo, que, no caso de negócios, é o que se pretende empreender, ou seja, que produtos e/ou serviços serão ofertados. Este é o ponto de partida. Note que também ideias de expansão, formalização, mudança de foco, ou qualquer outra situação que envolva aumento de custos, necessidade de investimento, aumento do mix de produtos, mudança de ponto/localização,  merecem ser planificadas neste instrumento.
A justificativa da ideia pressupõe que já existam indícios favoráveis de mercado, isto é, a existência de consumidores que poderão sustentar o negócio. Estes indicadores poderão ser, por exemplo, a insatisfação do potencial cliente com os produtos/empresas existentes; a carência total de produtos que atendam às mesmas necessidades ou, até, a insuficiência de ofertas destes produtos. O plano deve comprovar estas hipóteses através de uma pesquisa formal de mercado, contemplando fontes primárias - o tête à tête com o cliente/concorrente/fornecedor - e, fontes secundárias, através de revistas especializadas, órgãos governamentais de pesquisa e estatística, cursos e palestras relacionados ao assunto, etc.
A operacionalização do negócio, ou seja, quais os processos exigidos quando da sua implantação no tocante à divulgação, comercialização, produção, armazenamento, distribuição e as rotinas dentro destas grandes áreas, além dos recursos materiais e humanos para fazer frente ao funcionamento, devem ser respondidos pelo plano. Atende ao questionamento como?
O quando deve ser respondido através de um cronograma que contemple as diversas fases do projeto, desde a busca de informações até a sua respectiva implantação. Neste aspecto deve-se atentar para a exequibilidade, ou seja, possível dentro do tempo e recursos do empreendedor.
O quanto será respondido após a resposta dos primeiros questionamentos (o quê, por que e como), traduzindo-os em valores monetários. Para atender a uma determinada previsão de venda, por exemplo, serão necessários determinados equipamentos, móveis, estrutura física, estrutura humana, estoques, etc. É aí que algumas definições cruciais aparecem: Mantenho meus propósitos iniciais; prorrogo o início das atividades; reduzo as minhas expectativas ou interrompo o projeto, passando a testar outra ideia, por exemplo.
A resposta do Por quem? é importante tanto na fase do desenvolvimento do plano como na sua implementação. Atribuir tarefas a si próprio ou a outrem nas diversas fases do projeto, é muito importante para acelerar o processo bem como cobrar responsabilidades sobre o que se propõe.

Uma ferramenta recomendada pela sua praticidade está disponível no site do Sebrae Paraná - www.sebraepr.com.br, acessando-se os seguintes campos: Quero abrir a minha empresa - Planejamento - Plano de Negócios e, Planilha de Plano de Negócios. Nela, é possível também ter-se uma prévia da viabilidade econômica-financeira da idéia dentro do cenário previsto. Claro que está condicionada à qualidade das informações sobre as quais esta análise foi baseada.
Também neste site está disponível um excelente material orientativo para o preenchimento do plano, chamado Cartilha de Plano de Negócios.
Pretendo, nos próximos contatos, descrever algumas experiências do meu dia-a-dia de consultoria a potenciais empresários e na análise de viabilidade de alguns planos.

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